O Sinjope condena mais um ato de violência, contra profissionais de comunicação, cometido por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira (06), na véspera do Dia do Jornalista, homens invadiram o estúdio da Rádio Comunidade, de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste do Estado, e ameaçaram o radialista Júnior Albuquerque.
A invasão ocorreu depois que o radialista cobrou maior atuação do Governo Federal no combate à pandemia do novo coronavírus. Uma cobrança que está sendo feita pela maioria da população brasileira. No entanto, estimulados pelas atitudes do próprio presidente, que promove ataques quase que diários contra profissionais de comunicação, seus simpatizantes tentaram intimidar o radialista.
O Sinjope recrimina de maneira inflexível qualquer ataque a liberdade de imprensa e espera que o caso seja investigado pelas autoridades policiais do Estado. A liberdade de imprensa é fundamental para manutenção da democracia. Apenas projetos de ditadores podem levantar sua voz contra uma imprensa livre e atuante.
Importante destacarmos que os ataques à imprensa no Brasil mais que dobraram em 2020, em relação ao ano anterior. Foram registrados 208 casos de violência física contra os profissionais em 2019 e 428 em 2020, o que representa um aumento de 105%, de acordo com o Relatório da Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa em 2021, divulgado pela Fenaj. E o aumento é resultado direto de uma série de atitudes do presidente da República com o objetivo de descredenciar a imprensa para poder espalhar mentiras nas redes sociais e ganhar a adesão da população.
“Segundo este estudo, o presidente é responsável por mais de 40% dessas agressões. Com isso, ele estimula e autoriza a prática de violência contra o exercício da profissão de comunicador. Não podemos permitir isto”, comentou o presidente do Sinjope, Severino Junior.
Por fim, o Sinjope deseja se solidarizar com o radialista Júnior Albuquerque e com a Rádio Comunidade.
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