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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vêm a público manifestar irrestrita solidariedade aos jornalistas e demais trabalhadores demitidos pelas diretorias da TVs Tribuna e Guararapes.
Em curto espaço de tempo, as duas empresas desligaram trabalhadores (as) num total de 24. Na tribuna, foram 15, sendo cinco jornalistas, e na TV Guararapes, nove pessoas foram demitidas, com duas jornalistas colocadas no “olho da rua” sem nenhuma justificativa. Lamentável.
O Sinjope e a Fenaj mostram-se preocupados com as decisões das empresas de comunicação que, sob o argumento de redução de custos, impôs medidas arbitrárias, descabidas e constrangedoras aos jornalistas. Profissionais talentosos, competentes e com larga experiência no mercado de trabalho, que estavam com salários atrasados e exercendo suas atividades em ambientes tensos e sofrendo represálias. Triste realidade
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Em virtude da incompetência administrativa e financeira de seus atuais gestores, bem como o acúmulo de decisões atabalhoadas e desrespeitosas em relação aos trabalhadores, por exemplo, a Rede Tribuna de Televisão, em Olinda-PE, não paga de imediato o salário do mês trabalhado das pessoas desligadas, bem como, férias, décimo terceiro salário e outros direitos trabalhistas, como o recolhimento do FGTS e a multa dos 40%. Quase tudo tem que ser buscado na Justiça pelos demitidos.
O Sinjope também lamenta a situação dos jornalistas da TV Guararapes, que foi condenada pela Justiça do Trabalho por assédio moral. O sindicato repudia tal comportamento e vem acompanhando de perto o processo junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Ainda cabe recurso à emissora.
Sabemos, por experiência, que demissões resultam sempre na sobrecarga de trabalho dos que ficam na empresa, geram tensão e mais estresse, além da perda de qualidade de vida, seja no âmbito profissional ou familiar, afetando severamente a saúde dos profissionais.
Enfatizamos que os jornalistas não podem pagar pelas crises financeiras ou administrativas das empresas em tela, que se acumularam nos últimos anos, uma vez que a solução das dificuldades econômicas não passa por demissões injustificáveis e sim pela valorização profissional, através de salários justos e condições de trabalho adequadas.
Reivindicamos que o diálogo historicamente construído pelo Sinjope seja mantido, que os profissionais sejam respeitados e que não haja mais fechamento de postos de trabalho.
Ressaltamos que o Sinjope e a Fenaj estão atentos a qualquer tentativa de retirada de direitos trabalhistas conquistados ao longo das campanhas salariais e alertas para o cumprimento das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) celebradas na última campanha salarial. O Sinjope coloca a sua assessoria jurídica à disposição para esclarecimento de dúvidas e assistência aos demitidos.
Recife, 08 de dezembro 2021
A DIRETORIA
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