Patrões insistem em modificar banco de horas e travam  negociação salarial

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Nova rodada de negociação entre empresas e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) termina em impasse. Os patrões colocaram mais uma vez empecilhos para o fechamento da campanha.

O ponto polêmico é a insistência deles em mudar as regras do banco de horas,  reduzindo o número de horas a serem pagas e ampliando aquelas que serão revertidas em folga.  Representantes patronais e do Sinjope estiveram reunidos nesta sexta (9) na sede do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão, Sertepe.

Pela proposta patronal o prazo para a compensação das horas trabalhadas passaria de 60 para 180 dias.  Além disso os patrões querem ampliar para 80% o número de horas a serem compensadas e pagar apenas 20% das horas extras trabalhadas.

Isso representa uma perda substancial para o poder de compra da categoria. Principalmente porque nessa mesma rodada os representantes patronais acenaram apenas com o percentual de reposição para os salários, calculado pelo INPC/Dieese, que é de 3,64%.  O sindicato havia reivindicado a inflação mais 1% de ganho real.

“Essa conta não fecha”, diz o presidente do Sinjope, Jailson da Paz.  Segundo ele, em um quadro de salários já defasados é impossível acatar apenas a inflação e reduzir o percentual de horas extras a serem pagas.  A proposta do sindicato é ou acabar com o banco de horas ou, na pior das hipóteses, renovar a convenção dentro das regras atuais. Diante do impasse os patrões ficaram de dar uma resposta que destrave as conversações.

Ainda na reunião , foi discutida a redução do horário de almoço de uma hora para, no mínimo, 30 minutos. O Sinjope aceitou discutir os termos dessa redução, mas considerou vaga a proposta das empresas.  O sindicato quer detalhes de quais empresas adotariam o novo sistema e defende que a redução seja feita caso a caso, com a anuência do trabalhador.

Um dos pontos pré-acordados foi o que trata da estabilidade no preríodo de pré-aposentadoria.  O Sinjope conseguiu manter o período de 30 meses para que a estabilidade comece a contar. As empresas queriam reduzir para 18 meses.  A permanência do prazo, no entanto, ficou condicionada pelas empresas ao fato de que elas poderiam demitir, desde que indenizassem o período que falta para a aposentadoria, pagando os salários a vencer e todas as verbas indenizatórias. O sindicato defende que isso se faças  em comum acordo com o funcionário e que não só a empresa, mas que também o jornalista possa tomar a iniciativa de propor a demissão.

Os patrões ficaram de analisar as ponderações do Sinjope e de marcar uma data para nova rodada de negociação.

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