Patrões cedem à pressão do Sinjope e aceitam rever perda de direitos

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 Depois do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) solicitar mediação ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e da pressão da categoria, a classe patronal aceitou reavaliar a retirada de direitos que estavam travando a negociação salarial. Os patrões propuseram alterar o banco de horas, reduzir o período de estabilidade da pré-aposentadoria, transformar os domingos em dias normais, diminuir o intervalo para refeições e ofereceram um  reajuste salarial abaixo da inflação.

Com a mobilização da categoria, a questão dos domingos saiu de pauta. No caso do banco de horas, a proposta das empresas era ampliar o tempo de compensação, que passaria de 60 para 180 dias, e reduzir o percentual de horas extras pagas, de 50% para 20%.  O Sinjope rejeitou qualquer tipo de modificação no banco de horas por entender ser prejudicial aos trabalhadores. Para dirimir o impasse, o sindicato propôs manter a cláusula como está em vigor.

Com relação à estabilidade de pré-aposentadoria, os patrões insistiam em diminuir o tempo de 30 para 18 meses. O sindicato propôs manter os 30 meses, com a possibilidade de indenização do período que falta para o trabalhador se aposentar e com a concordância das duas partes.

Quanto ao intervalo para as refeições, os patrões propuseram reduzi-lo para, no mínimo, 30 minutos. O registro do descanso seria feito por meio da pré-assinalação, ou seja, a ser registrado de maneira automática. Com isso, os jornalistas poderiam sair meia hora mais cedo da empresa. O sindicato aceita discutir a implantação da proposta desde que tenha a anuência por escrito do trabalhador. Durante a discussão, o Sinjope pediu que os patrões equiparassem as diárias especiais entre trabalhadores de jornais, rádio e televisão, pagas nas coberturas de Carnaval, São João e Eleições.

Por fim, os patrões solicitaram que o Sinjope apresentasse uma contraproposta em relação ao percentual de reajuste. Inicialmente, o sindicato pediu 3,64%, correspondente à inflação do período, mais 2% de ganho real e 2% de produtividade. Durante as cinco rodadas de negociação, a única proposta das empresas foi de 2%, um valor bem abaixo da inflação. Para destravar a campanha, o Sinjope reduziu o valor do reajuste para 6,5%, mas os patrões se mostraram irredutíveis. Em busca do entendimento, o sindicato reapresentou hoje (26) uma proposta para fechamento da campanha: a reposição inflacionária, de 3,64%, e 1% de ganho real.

O Sinjope aguarda o posicionamento oficial das empresas. Uma nova rodada está marcada para o dia 9 de novembro.

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